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NOSSA HISTÓRIA
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"Regularidade Imperfeita", de Roberto Barciela (2020)
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, a ideia de realizar uma história do tempo presente passou a integrar as discussões dos historiadores que se ocupavam da história contemporânea.
"Mafuá", de Bruno Schmidt (2019)
No Brasil, com a guinada culturalista, a história do tempo presente começou a ser debatida nos anos 1970, sobretudo no âmbito da história oral. Entretanto, os debates acerca da história do tempo presente foram reconfigurados em função das mudanças ocorridas na própria historiografia nos anos 1980 e do contexto mundial pós-1989.
Nos anos 2000, a história do tempo presente entra numa nova fase metodológica, cujas balizas temporais são móveis, pois se consolida o entendimento de que o presente significa o atual e que ele pode ser melhor investigado se considerado em durações mais longas.
O interesse pelo presente tem colocado novos desafios epistemológicos para os historiadores, como a problematização das relações entre memória e história, do pouco distanciamento temporal do historiador em relação aos acontecimentos estudados.
Além disso, uma história do tempo presente revela a evidência do debate entre a impossível imparcialidade e a escrita sempre perspectiva do historiador e sua função social. Essa nova história do tempo presente é transdisciplinar e global.
Este grupo de pesquisa congrega, além de historiadores, economistas, juristas, médicos, críticos literários entre outros; o que permite a elaboração de problemas e análises com amplitude e profundidade de reflexão.
A história sempre se beneficiou do diálogo e debate com outras disciplinas, especialmente as demais ciências sociais e humanas. O grupo é um observatório que promove análises de acontecimentos, ideias, ações e conjunturas que se desenrolam no momento das suas realizações e são analisadas a partir de suas múltiplas temporalidades. Ou seja: estudamos o tempo presente em sua historicidade.
A história do tempo presente, portanto, é uma história que está em vias de construção, ela está aberta e pode tomar várias direções. A história do tempo presente permite que pesquisadores das humanidades mobilizem e conjuguem diferentes ferramentas de trabalho e de conhecimento, entrecruzando diversas temporalidades e espacialidades, com a finalidade de oferecer uma interpretação sobre uma constelação de fatos recentes que têm grande impacto na vida contemporânea.